Pressão alta em animais

A hipertensão arterial sistêmica, ou simplesmente pressão alta, tem sido cada vez mais reconhecida na clínica de cães e gatos. O aumento da população de pacientes idosos torna cada vez mais frequente a ocorrência de várias doenças degenerativas e, dentre elas, destaca-se a hipertensão arterial sistêmica e os riscos a ela associados.

Se o seu cão ou gato tem mais de cinco anos de idade, ele deve fazer isso regularmente. Em cães e gatos, ao contrário do que ocorre com os pacientes humanos, a hipertensão em geral é secundária a alguma outra doença sistêmica. Em cães, relaciona-se mais comumente à doença renal crônica, hiperadrenocorticismo (doença da supra renal), obesidade e diabetes. Em gatos, está mais frequentemente associada à doença renal crônica e ao hipertiroidismo.

Durante muitos anos, convivemos com um exame clínico no qual a pressão arterial não era mensurada e nem sequer avaliada, assim como a possibilidade dela estar interferindo na qualidade de vida do animal senil. Atualmente, com a utilização dos métodos indiretos de avaliação (principalmente o oscilométrico e o Doppler), a mensuração da pressão arterial tem se tornado mais frequente aqui na Clinivet já faz parte da avaliação de todos os animais acima de 5 a 7 anos de idade ou daqueles que tenham algum sinal clínico para isso.

Ao contrário dos outros exames complementares utilizados em cardiologia, a interpretação dos resultados envolve certa subjetividade, devido aos inúmeros fatores que podem interferir nos valores obtidos como idade do animal, condição de estresse durante a mensuração da pressão muito comum em animais mais agitados, assustados e, principalmente, em gatos.

A hipertensão arterial sistêmica pode causar lesões em vários órgãos, como cérebro (derrames, AVC, dor de cabeça etc.), rins (lesão glomerular com perda de proteínas), olhos (descolamento de retina e cegueira) e coração (aumento do coração e edema pulmonar).

Por outro lado, o uso indiscriminado de medicações anti-hipertensivas também pode trazer consequências potencialmente graves. Portanto, o clínico deve ser bastante criterioso ao estabelecer ou descartar o diagnóstico de hipertensão. Manejo da dieta, uso de medicamentos, controle de peso e de fatores causadores da hipertensão fazem parte do manejo e tratamento para a grande maioria dos animais.

Ricos da diabetes em cães

Os riscos da diabetes

O cão está bebendo mais água que o normal? Fique alerta!
Isso pode ser indício de diabetes. Sim, a doença não atinge apenas o homem, mas também ataca cachorros de diversas raças (como poodle, pastor-alemão, labrador, além de outras), geralmente entre 5 e 15 anos, causando até a perda da visão em casos mais avançados.

“A cegueira ocorre devido ao desenvolvimento da catarata, que só pode ser retirada com cirurgia”. O diabetes pode ser genético ou surgir em decorrência de infecções e má alimentação. O diagnóstico é feito através de exames de sangue e urina, e o tratamento (como aplicação diária de insulina) deve ser indicado pelo médico veterinário.

Terapia a lazer

O método é indicado para aliviar dores, lesões articulares como artrites e artroses, feridas na pele e até para resolver problemas odontológicos. Com todas essas promessas, o tratamento a laser está sendo cada vez mais usado em animais. A explicação é simples: de acordo com especialistas em aves e animais silvestres, a laserterapia tem efeito analgésico, anti-inflamatório e cicatrizante, já que aumenta a vascularização e o metabolismo celular. O número de sessões depende do caso. “Quando o animal apresenta lesões crônicas, como artrite ou artrose, ele pode precisar de até quinze sessões”. Apesar de a técnica poder ser usada em todos os bichos, há contraindicações. “A principal delas está relacionada aos tumores, porque o laser tem a função de acelerar o metabolismo e poderia estimular o desenvolvimento dessas células”.

Sem exceções

Se você não resiste àquele olhar pidão quando ele vê algo para comer, seja forte. Principalmente na Páscoa. Nada de dar pedacinhos de ovo de chocolate para gatos e cães. “O chocolate contém uma substância chamada teobromina, que estimula o sistema nervoso e o fluxo sanguíneo, e pode prejudicar pulmões, rins e causar parada cardíaca e convulsões”, explica a veterinária Andressa Felísbino, da DrogaVet. Nos cachorros, a reação varia de elevação da temperatura a vômito e diarreia. Nos gatos, os efeitos podem ser mais graves e levar à morte. O maior problema é que os sintomas não aparecem rapidamente. “Eles demoram de seis a doze horas, o que aumenta o risco à saúde”, afirma Andressa.